quinta-feira, 26 de julho de 2012

Situação dos Cristãos na Síria


Como sabemos, na maioria dos países do Oriente Médio não existe liberdade religiosa, mas na Síria no governo de Bashar Al-Assad os cristãos locais têm um grau de liberdade religiosa. Porém a liberdade religiosa na Síria tem seus limites, segundo um líder ortodoxo, “Há liberdade para praticar a sua religião, mas ainda não há liberdade de escolha. Você pertence à religião na qual nasce”.
 O jornal Charisma News revela que apenas 10% da população são cristãos e 90% da população da Síria são muçulmanos.
Vários prédios que abrigam serviços cristãos foram fechados por não terem sido oficialmente sancionados como igrejas. Estrangeiros que trabalham em igrejas protestantes foram avisados que seus vistos não serão renovados graças a um decreto que os proíbe de trabalhar para as injeeli, nome dado às igrejas protestantes da Síria. No verão, várias colônias de férias cristãs foram canceladas. As medidas foram tomadas especificamente contra as igrejas protestantes, que buscam refugiados do Sudão e do Iraque, e empregam trabalhadores estrangeiros e sírios. Dezenas de milhares de cristãos iraquianos fugiram para a Síria após a invasão norte-americana em 2003, e recentes massacres aumentaram esses números.
Mas a principal razão para a repressão é que líderes católicos e ortodoxos, frustrados com o sucesso das novas igrejas, reclamaram com o governo. Converter muçulmanos ao cristianismo é ilegal, mas as igrejas mantinham um acordo de que não tentariam conquistar os fieis umas das outras. Protestantes entusiasmados desdenharam da regra não-escrita. “Temos várias igrejas – mas os protestantes estão roubando nosso rebanho”, diz um pastor ortodoxo, que pediu para manter-se anônimo.
O governo não discrimina o cristianismo em particular, e pretende manter a Síria secular e religiosamente harmônica. Mais do que isso, ele tem consciência de que o regime é comandado por membros da minoria alauíta, uma facção muçulmana, e teme que seu poder seja desafiado por grupos religiosos como a Irmandade Muçulmana. Logo, se apressa em reprimir os excessos religiosos. Nos últimos dois anos (2009 - 2010), as escolas islâmicas foram mais reguladas, e as universitárias foram proibidas de usar o niqab, que cobre seus corpos inteiramente.
Atualmente, os cristãos da Síria temem que com a possível queda de Bashar al-Assad e a tomada de poder por um governo provavelmente islâmico eles sejam privados da liberdade de culto no país árabe, pois segundo a Reuters, os rebeldes opositores do governo vigente incluem o Exécito de Libertação Sírio, os jihadistas da al-Qaeda, a Irmandade Muçulmana e os sunitas liberais pró-democracia.

“Se Assad cair, os cristãos estão temerosos sobre o que irá acontecer quando um novo governo, que provavelmente será radical islâmico, irá fazer no poder”, diz o CEO da Portas Abertas, Carl Moeller.
Entre as várias perguntas dos cristãos, ele cita algumas: “a liberdade de culto irá terminar?  A perseguição irá aumentar? Os cristãos terão de fugir da Síria e com suas famílias como fizeram milhares no Iraque?”
Ele revela que milhares já deixaram a Síria e foram forçados a deixar cidades como Homs e procurar ajuda e abrigo nas igrejas cristãs da área. “Cristãos que deram suporte a Assad podem vir a sofrer represálias dos rebeldes. Por isso eles temem sobre seu futuro”, revela.


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